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Apenas segui...

Um dia finalmente

todas aquelas vozes

na minha cabeça já

não faziam mais sentido.


Um dia finalmente

a vida começou a

fazer sentido

dentro e

fora de mim.


Embora ainda

algumas vozes

de vez em quando

tentasse fazer ninho

ou criar raízes,

porém terra já não

era mais fértil.


Seus maus conselhos

eram dissipados com

bons momentos de

reflexão.


Apenas segui...


Um dia finalmente

a vontade de consertar

as pessoas,

foi passando bem

devagar.


Apenas segui...


Teve uma voz

dentro de mim que

até chorou de

soluçar, mas eu

continuei a minha

travessia.


Apenas segui...


Havia aprendido

não ouvir o uivo

dos meus pensamentos

me torturar.


Apenas segui...


Embora o sol

escaldante me cansasse,

o frio me desanimasse,

a primavera me encantasse,

e o outono levasse todas

as folhas que minha alma

antes colecionava.


Apenas segui...


À medida que andava,

tudo foi ficando

para trás, vozes,

dores, pessoas,

palavras tristes e

cenários de uma vida

que não tinha sentido.


Apenas segui...


Cada vez que me

aprondundava no meu

mundo interior,

cada vez que determinava

que conseguiria

vencer a mim

mesma,

minha voz

ressoava cada

vez mais

forte dentro de

minha alma.


Apenas segui...


Quanto mais seguia,

mais forte ficava,

meu mundo se

coloriu e floresceu

de tal jeito

que o amor próprio

sorriu para mim e

num gostoso

abraço, susurrou

de uma forma

poética: "Você conseguiu

salvar a única pessoa que

poderia ser salva,

você mesma".


"Até hoje

continuo

seguindo".


Com amor

Flora Dominguez

Créditos da foto: Fabiana

Campos de Papoula em Lisse- Amsterdam




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©2022 por Flora Dominguez

e Celso Araújo

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